sábado, 22 de novembro de 2014

APARTAMENTO NOVO - Um dormitório ganhou destaque no mercado.


Novos prédios na Bela Vista, em São Paulo: segmento do um dormitório impulsionou as vendas do ano passado,


O Secovi São Paulo, que reúne as empresas do setor imobiliário paulistano, divulgou nesta semana seu balanço anual de 2013. O destaque foi o aumento da oferta de imóveis de um dormitório, que representou 28% do total de lançamentos do ano passado.  Foram eles os principais responsáveis pela elevação de 23,6% na venda anual de novas unidades.
Nas grandes cidades, há uma forte tendência de as pessoas viverem sozinhas. Segundo o IBGE, há quase 8 milhões de brasileiros solitários. No Sudeste, são cerca de 13%. Esse perfil surgiu pelo aparecimento de novos arranjos, baseados em estilos de vida que fogem da família tradicional composta por casal e filhos sob o mesmo teto. Hoje, há ,solteiros por vocação, ,divorciados por opção, gays que preferem viver a sós e assim por diante. A maior longevidade da população também incluiu os idosos entre os interessados em apartamentos compactos, tanto porque seus filhos já não moram com eles quanto por terem se tornado viúvos. Fora isso, o primeiro imóvel dos recém-casados e recém-juntados costuma ser o de quarto único, que é o que dá para pagar quando se está começando a vida. Por ser o perfil mais versátil do mercado, o um dormitório agrada ainda os investidores, aqueles que não compram para morar, mas para alugar ou revender.
O curioso dessa história é que o preço médio do metro quadrado de um dormitório é mais caro que o preço do metro quadrado de dois, de três e até de quatro dormitórios. Segundo dados da Embraesp, enquanto o preço do metro quadrado do dormitório único fica em 11.106 reais, o preço do metro quadrado do quatro dormitórios custa 9.717 reais. Ainda assim, no cômputo geral, o de um dormitório é o que cabe no bolso: pode ser comprado, em média, por 447.500 reais, enquanto o de quatro quartos sai por cerca de 1.784.000 reais.
Para as incorporadoras, é mais caro construir unidades de apenas um quarto do que com dois ou mais quartos e esse custo acaba repassado no preço final. Soma-se a isso o fato de haver uma grande demanda por esse produto e de normalmente serem erguidos em terrenos bem localizados e, portanto, mais caros. Os departamentos de marketing capricham na embalagem, vendendo esses mini apartamentos como studios. Os studios são uma espécie de nova geração do um dormitório, ainda mais compacta que os construídos na década passada. Esse modelo encolheu, em média, dez metros quadrados. As áreas úteis que eram de 52 metros quadrados em 2004 passaram para 41 metros quadrados no ano passado. Até as garçonières do começo do século passado eram mais espaçosas.
FONTE: Site da Veja, 13/02/2014 às 13:13 \ Valorização

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